segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Além do que podemos carregar

Ouvimos,
como motivação ou
intenção de consolo,
talvez mesmo um pequeno
raio de esperança,
que Deus não nos dá a carga
além da que podemos carregar.

É assim que suportamos,
passo a passo,
os fardos que chegam
a nós e as misérias que ouvimos,
previstas há séculos,
às quais recebemos sempre
como algo surpreendentemente
novo e assustador.

Não sabemos como
vai ser o amanhã,
mas nos sabemos cabeças
nuas e sujeitas ao que vier.

Não estamos preparados
para a dor e desolação
e jamais estaremos.

Pés calejados não suportam
melhor os calçados apertados.
É assim que,
mesmo "preparados"
mal suportamos as cargas
e com lágrimas as carregamos.

Sobrevivemos a elas
e os que não sobrevivem
é por que os limites
foram atingidos.

Se a dor vence a força
é porque a paz estava no
descanso eterno.
Compreendemos mal
essas verdades;
vivemos mal essas verdades
e se não aceitamos,
aprendemos o que significa
a resignação.

Grandes tragédias
sempre existiram.
Guerras, enchentes, terremotos,
pragas e pestes,
cidades inteiras destruídas
já são citadas no Antigo Testamento...
o que é diferente nos dias
atuais são os meios de
comunicação que tornam tudo
imediatamente acessível,
aos ouvidos e olhos.

Se não sabemos,
não sofremos;
se sabemos e não vemos,
sofremos menos.

Nosso amor a Deus não
pode ser condicional
ao que vivemos,
por que o amor dEle não
é condicional ao que oferecemos.

Isso não é uma palavra de consolo,
nem uma pequena luz de
esperança para o dia de amanhã,
mas uma verdade que nos
conduzirá ao sentimento de
paz e à vida eterna.

Se as cargas são por
demais pesadas e aparentemente
insuportáveis e continuamos
de pé é que ainda temos um
caminho pela frente,
para viver e estender a mão
aos que carregam cruzes mais
pesadas que as nossas.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 30 de Janeiro de 2.011.

Nenhum comentário: