segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Feliz 2009

Talvez 2008 não seja aquele que tenhamos esperado.
Muitos dos nossos planos não foram realizados,
muitos dos nossos sonhos foram desfeitos
e os projetos começados ficaram ainda à espera
de um acabamento.

Terminamos o ano com aquela sensação de que
poderíamos ter aproveitado mais as oportunidades,
ter gasto mais tempo com o que é produtivo,
com as coisas do coração,
com as coisas que realmente valem a pena
nossa passagem pela terra.

E 2009 chega com novas promessas
que nos fazemos e nós e aos outros,
nas quais acreditamos,
mas sem muita convicção,
pois nos falta fé.

Uma coisa que talvez não tenhamos
consciência e que precisemos aprender é que
não são os grandes feitos que
fazem grandes pessoas.

A areia na praia é um conjunto de grãozinhos
e um punhado desses já nos dá
a impressão de paraíso.

Todas as coisas,
pequenas ou grandes,
gestos, atitudes, decisões,
que nos são colocadas nas mãos,
são nossa responsabilidade e cada um de nós
é um instrumento precioso de Deus na terra.

Pouco importa se a casa não foi construída,
se o sonho não foi realizado,
se o amor não chegou ou foi-se embora,
se a vida não se completou,
o ano termina,
mas não acaba a vida.

Nós não acabamos!!!

O importante e que Deus leva em consideração
é a nossa disposição em realizar as
tarefas que nos são dadas,
o quanto do nosso coração colocamos
e o esforço das nossas mãos.

O pouco que realizamos com o muito que
nos dispomos preenche todo
o coração de Deus.

Tudo o que Ele coloca nas nossas mãos é prova
da Sua confiança em nós e na nossa capacidade.
Ele nunca mede nossa incapacidade,
ele acredita em nós e em nossos
sonhos que nunca são em vão.

Não comece o ano com o pé direito ou esquerdo,
segundo a tradição, comece com todo você,
todo seu corpo,
toda a sua vontade e todo o seu coração.

Prometa dar o melhor de si em cada passo,
sem medir esforços e os outros virão por si só.

A vida é uma caminhada,
é uma escada onde não podemos
saltar degraus.

Tudo tem seu tempo,
sua hora,
sua forma e o que para nós pode
parecer pequeno e insignificante
poderá alterar vidas,
dar cores ao mundo e trazer as finas
chuvas de felicidade que
tanto fazem bem.

Tenha um abençoado 2009!!!

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 28 de Dezembro de 2.008.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Eu acredito no Natal

São as circunstâncias da vida que vão
marcando nosso coração,
fazendo dele uma flor aberta e livre
ou uma pedra resistente às durezas da vida.

Tudo o que acontece no mundo,
as catástrofes naturais, as agressões físicas,
morais e espirituais,
a incerteza de um amanhã estável,
as perdas que sofremos sem compreender,
a diferença e indiferença das pessoas abalam-nos,
corroem-nos e rompem até as fibras mais
resistentes do nosso coração.

Continuar a acreditar na beleza,
no bem e na eternidade que nos espera
de braços abertos é travar uma luta consigo
mesmo e guardar as convicções
que sempre nos mantiveram de pé.

Ter fé nas aflições,
coragem nas tribulações,
cabeça erguida e passos firmes
quando tudo nos impulsiona para a queda
é manter o lírio branco,
suave e perfumado no meio do lodo.

É tornar-se excepcional quando tudo
no mundo parece igual.

Diz a bíblia:
"de todas as coisas que se deve se guardar,
guarde o seu coração."

Certamente essa é uma das tarefas mais árduas
jamais pedidas a nós.

Guardar o coração limpo, puro,
inteiro e sensível o bastante para que
ainda continuemos a acreditar no homem,
no bem e em tudo o que Deus
planejou para nós.

Eu ainda acredito no NATAL
e todo o bem que ele pode trazer.

Acredito na fraternidade que ele desperta,
na amizade que acorda no nosso
coração e na esperança que faz renascer,
como as flores renascem depois
de cada inverno.

Acredito em Deus,
que acredita em mim e em todos aqueles que,
apesar de tudo,
persistem em guardar o seu coração...

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 21 de Dezembro de 2.008.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O bem do desapego

É quando nos preparamos para
mudar que percebemos a
quantidade de coisas que guardamos
sem necessidade.

Nem sabemos por que o fazemos,
mas temos medo de um dia precisar
disso ou daquilo e vamos
acumulando nossas preciosidades,
se assim podemos dizer.

Grande armário é o nosso coração
e a nossa alma!
Imagino que se um dia tivéssemos que
"mudar" esse pedacinho de nós,
encontraríamos nele muitas coisas
desnecessárias das quais
tivemos dificuldade para
nos desvencilhar.

Como nos nossos armários
há roupas que nem nos cabem mais,
nas gavetas objetos inúteis,
há nesse nosso coração certamente
sentimentos que há muito
deixaram de nos servir,
mas que continuam intactos,
como se o tempo para eles
não tivesse passado.

As águas correm nos rios,
mas não no nosso interior.
Elas levam o que encontram pela frente,
mas nós nos apegamos
ao inútil e nos impedimos assim
de desembocar no grande
mar da vida que nos oferece
novos horizontes.

Se um dia decidirmos mudar
de casa e nos oferecermos uma nova vida,
não precisamos deixar
tudo e nem carregar tudo.
Um coração sábio saberá escolher
o que deve ser
aproveitado ou não.

Os carinhos que recebemos
permanecerão intactos,
mesmo se as flores se secaram
e as cartas se perderam.

Antigas e amareladas mágoas
nunca têm utilidade,
a não ser para envelhecer
e entristecer nossa alma.

Coisas que começamos
e nunca terminamos ou continuamos,
ou desistimos.

Não é vergonhoso deixar coisas para trás,
pesado mesmo e seguir
em frente carregando essas mesmas
coisas que nem sabemos
onde vamos colocar.

Valioso demais é nosso coração
para que seja maltradado,
para que seja a ele negada
a chance de se oferecer novas
oportunidades e novos ares.

Cultivar no seu jardim
a flor do desapego não significa
amar menos ou deixar de apreciar
o que de bom a vida nos oferece.

Apenas mudar nosso olhar
em relação ao mundo e se dizer
que as coisas realmente bonitas
e importantes ficam gravadas para
sempre nas paredes da nossa alma,
seja qual for nosso caminho.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 14 de Dezembro de 2.008.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Tempestades

Aos olhos de quem assiste de longe,
depois da tempestade que sacudiu a vila,
restou apenas os escombros de uma vida,
restos de uma história que agora jazem no chão.

Fotografias, eletrodomésticos, móveis,
tudo destruído e embolados pela lama.
Lágrimas...

Mas,
para o dono da casa existe algo mais,
em cada canto de parede uma história,
emoções que não contam no censo,
lutas, conquistas, celebrações,
derrotas, contratempos e decepções,
tudo embolado com a lama.
Mas ninguém vê.
Sentimentos...

Eis o que resta de toda vida,
as emoções vividas, o bom combate travado,
o que sentimos e guardamos na alma.

Sempre:
o cheiro da nossa fronha, não o travesseiro,
a sensação da nossa cama, não o colchão,
o conforto da nossa roupa, não a etiqueta da calça,
a proteção do nosso calçado, não a origem do sapato.
o amor que sentimos,
não o que esperamos de alguém.
Certezas...

Tudo pode estar no chão agora,
podem ter roubado tudo de você,
a sua paz, o seu chão, até a sua liberdade,
só não deixe que roubem as suas certezas,
o que você já tem em seu interior,
o conhecimento, a vivência, o amor.

São esses os materiais que você
precisa agora e sempre,
para reconstruir a sua "casa" depois do furacão,
e enquanto todos enxergam destroços,
você, com esperança e certeza,
vai enxergar a vida que se abre para
"o reconstruir",
e tudo começa agora,
com essa vontade louca de ser feliz!

Não desista de você!

Eu acredito em você!

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 07 de Dezembro de 2.008.