sábado, 18 de outubro de 2014

A inutilidade e o amor



















Ter que ser útil 
pra alguém é uma coisa 
muito cansativa.

É interessante você saber 
fazer as coisas, 
mas acredito que a utilidade 
é um território muito 
perigoso porque, 
muitas vezes, 
a gente acha que o outro 
gosta da gente, 
mas não. 
Ele está interessado 
naquilo que a gente 
faz por ele.

E é por isso que 
a velhice é esse tempo 
em que passa a utilidade 
e aí fica só o seu 
significado como pessoa.
Eu acho que é um momento 
que a gente purifica, 
né?

É o momento em que 
a gente vai ter 
a oportunidade de saber 
quem nos ama de 
verdade.

Porque só nos ama, 
só vai ficar até o fim, 
aquele que, 
depois da nossa utilidade,
 descobrir o nosso significado.

Por isso eu sempre peço 
a Deus para poder envelhecer 
ao lado das pessoas que 
me amem. 
Aquelas pessoas 
que possam me proporcionar 
a tranqüilidade de ser inútil, 
mas ao mesmo tempo, 
sem perder o valor.

Quero ter ao meu lado 
alguém que saiba acolher 
a minha inutilidade. 
Alguém que olhe pra mim assim, 
que possa saber que eu 
não servirei pra muita coisa, 
mas que continuarei 
tendo meu valor.

Porque a vida é assim, 
fique esperto, 
viu?

Se você quiser saber 
se o outro te ama de verdade 
é só identificar se ele seria 
capaz de tolerar a sua 
inutilidade.

Quer saber se você 
ama alguém?

Pergunte a si mesmo: 
quem nessa vida já pode
 ficar inútil pra você sem 
que você sinta o desejo 
de jogá-lo fora?

É assim que descobrimos 
o significado do amor.

Só o amor nos dá condições 
de cuidar do outro 
até o fim.

Por isso eu digo: 
feliz aquele que tem ao 
final da vida, 
a graça de ser olhado 
nos olhos e ouvir do outro: 
"você não serve pra nada,
 mas eu não sei viver 
sem você".

AUTORIA: Padre Fábio de Mello
 * * * *
Texto enviado aos amigos do 
"Grupo Mensagem de Domingo" 
no dia 19 de Outubro de 2.014.
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