Durante a nossa vida
causamos transtornos na
vida de muitas pessoas,
porque somos imperfeitos.
Nas esquinas da vida,
pronunciamos
palavras inadequadas,
falamos sem necessidade,
incomodamos.
Nas relações mais próximas,
agredimos sem intenção
ou intencionalmente.
Mas agredimos.
Não respeitamos o
tempo do outro,
a história do outro.
Parece que o mundo gira
em torno dos nossos desejos
e o outro é apenas
um detalhe.
E, assim,
vamos causando transtornos.
Esses tantos transtornos
mostram que
não estamos prontos,
mas em construção.
Tijolo a tijolo,
o templo da nossa história
vai ganhando forma.
O outro também está
em construção e também
causa transtornos.
E, às vezes,
um tijolo cai e nos machuca.
Outras vezes,
é o cal ou o cimento que suja
nosso rosto.
E quando não é um,
é outro.
E o tempo todo nós temos
que nos limpar e cuidar
das feridas,
assim como os outros
que convivem conosco
também têm de fazer.
Os erros dos outros,
os meus erros.
Os meus erros,
os erros dos outros.
Esta é uma conclusão essencial:
todas as pessoas erram.
A partir dessa conclusão,
chegamos a uma necessidade
humana e cristã:
o perdão.
Perdoar é cuidar das
feridas e sujeiras.
É compreender que os
transtornos são muitas
vezes involuntários.
Que os erros dos outros são
semelhantes aos meus erros e que,
como caminhantes de uma jornada,
é preciso olhar adiante.
Se nos preocupamos com
o que passou,
com a poeira,
com o tijolo caído,
o horizonte deixará de
ser contemplado.
E será um desperdício.
O convite que faço é que
você experimente a beleza
do perdão.
É um banho na alma!
Deixa leve!
Se eu errei,
se eu o magoei,
se eu o julguei mal,
desculpe-me por todos
esses transtornos…
Estou em construção!
TEXTO DE: Gabriel Chalita
* * * * *
Texto enviado aos amigos do
"GRUPO MENSAGEM DE DOMINGO"
no dia 19 Janeiro de 2.014.
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