sábado, 29 de dezembro de 2012

O último momento

O ano correu? 
É a impressão que temos. 
Ainda ontem parecíamos estar 
preparando nossa lista 
de boas resoluções para 2012 
e eis que 2013 bate às portas.

Quantas coisas deixamos 
para amanhã no início deste 
ano que passou 
e quantas jamais teremos 
a oportunidade de realizar ainda 
nesses últimos dias 
que restam?

Cremos tudo controlar. 
Só não controlamos a vida 
e por maior que seja nosso amor, 
não aprendemos ainda como guardar 
pessoas definitivamente conosco.

Das coisas que deixamos 
para o amanhã, 
muitas jamais cumpriremos. 
Não que os desejos mudem, 
é que há situações que viram 
como vira a noite 
e muitas das coisas que perdemos 
não sabemos recuperar. 
Mas como saber?

Precisamos olhar para dentro 
do nosso coração e rever 
nossas prioridades, 
pensar nas coisas essenciais, 
ver se o que estamos deixando 
para trás não corremos o risco de 
perder definitivamente.

Se soubéssemos que amanhã 
seria o último dia na nossa 
caminhada na terra, 
o que faríamos hoje?

Talvez fôssemos visitar 
alguém que não vemos há muito, 
pegaríamios nos nossos 
braços alguém que amamos 
como se esse abraço pudesse 
durar toda a eternidade 
e consertaríamos uma coisa 
aqui e outra ali, 
para não partirmos com 
coisas pendentes...

Diríamos uma palavra amiga 
para que se lembrem de 
nós ou teríamos um último 
gesto nobre.

Por que nos comportamos 
como se fôssemos 
viver eternamente e levamos 
tudo tão a sério?

Por que brigamos, 
magoamos, 
nos sentimos magoados, 
construímos muros, 
se é tão mais simples viver?

Não é bom deixar para 
o último momento 
para consertar as coisas, 
porque esse instante decisivo 
pode não avisar quando 
vai chegar.

Cada instante que chega é 
o último momento 
que temos e cada instante que 
passa pode ser uma ou outra coisa: 
ou ganhamos um espaço 
a mais nos corações ou  perdemos 
definitivamente uma oportunidade.

E o instante presente ainda 
temos a escolha.

Talvez, 
daqui a um ano teremos mais paz, 
talvez não olhemos para 
trás com o coração 
apertado e a frase 
"ah, se eu soubesse" 
não nos doa.

Hoje ainda podemos escolher.

TEXTO DE: Letícia Thompson
* * * * *
Texto lido no programa 
"Madrugada Viva Liberdade FM" 
no quadro 
"Momento de Reflexão" 
e enviado aos amigos do 
"Grupo Mensagem de Domingo" 
no dia 30 de Dezembro de 2.012.

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