segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ceder

Por que será que nos
lamentamos tanto quando nos
decepcionamos,
perdemos e erramos?

O mundo não acaba quando
nos enganamos;
ele muda, talvez,
de direção.

Mas precisamos tirar partido
dos nossos erros.

Por que tudo teria que ser correto,
coerente, sem falhas?

As quedas fazem parte
da vida e do nosso
aprendizado dela.

Que dói, dói.
Ah! Isso não posso negar!
Dói no orgulho, principalmente.
E quanto mais gente envolvida,
mais nosso orgulho dói.

Portanto,
o humilhante não é cair,
mas permanecer
no chão enquanto a vida
continua seu curso.

O problema é que julgamos
o mundo segundo
nossa própria maneira
de olhar e nos esquecemos
que existem milhões e
milhões de olhares
diferentes do nosso.

Mas não está
obrigatoriamente errado
quem pensa diferente
da gente só porque pensa
diferente.
E nem obrigatoriamente
certo.

Todo mundo é livre de ver
e tirar suas próprias
conclusões sobre a vida
e sobre o mundo.

Às vezes acertamos,
outras erramos.
E somos normais assim.

Então,
numa discussão,
numa briga,
pare um segundo e pense:
"e se eu estiver errado?"
É uma possibilidade na qual
raramente queremos
pensar.

Nosso "eu" nos cega
muitas vezes.
Nosso ciúme,
nosso orgulho e até,
por que não,
nosso amor?

Não vemos o lado do outro
e nem queremos ver.

E somos assim,
muitas vezes injustos tanto
com o outro quanto
com a gente mesmo,
já que nos recusamos a
oportunidade de aprender alguma
coisa com alguém.

E é porque tanta gente se
mantém nessa
posição que existem desavenças,
guerras, separações.

Ninguém cede e as
pessoas acabam ficando
sozinhas.

E de que adianta ter
sempre razão,
saber de tudo,
se no fim o que nos resta
é a solidão?

Vida é partilha.

E não há partilha sem humildade,
sem generosidade,
sem amor no coração.

Na escola,
só aprendemos porque
somos conscientes de que
estamos lá porque não
sabemos ainda;
na vida é exatamente a
mesma coisa.

Se nos fecharmos,
se fecharmos nossa alma
e nosso coração,
nada vai entrar.

E será que conseguiremos nos
bastar a nós mesmos?

Eu duvido.

Não andamos em cordas
bambas o tempo todo,
mas às vezes é o único
meio de atravessar.

Somos bem mais resistentes
do que julgamos;
a própria vida nos ensina
a sobreviver,
viver sobre tudo e
sobretudo.

Nunca duvide do seu poder
de sobrevivência!
Se você duvida,
cai.

Aprenda com
o apóstolo Pedro que,
enquanto acreditou,
andou sobre o mar,
mas começou a afundar
quando sentiu medo.

Então,
afundar ou andar
sobre as águas?

Depende de nós,
depende de cada um
em particular.

Podemos nos unir em força
na oração para ajudar alguém,
mas só esse alguém pode
decidir a ter fé,
força e coragem para continuar
essa maravilhosa jornada
da vida.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 04 de Setembro de 2.011.

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