segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O mundo das provações

O sol não brilha todos os dias,
mas é assim para todo mundo
e todos sabem disso.

A impressão que temos,
portanto,
na maioria das vezes,
não é de viver uma coisa que
outros não viveram,
mas que para nós tudo chega
ao mesmo tempo,
como se estivéssemos abandonados
à má sorte ou
a um grande vendaval.

De grandes, adultos e sábios,
nos tornamos crianças que
se perdem em porquês.
Tudo tem uma causa,
uma razão, um porquê.

Nem sempre as coisas acontecem
por que têm que acontecer,
mas muitas delas são resultados
de situações que criamos.

E passamos assim por provações
que nada mais servem que nos deixar
mais abertos e preparados para a vida,
mais maduros e mais vividos.

Claro que preferiríamos aprender
de outras maneiras,
sem passar por isso ou aquilo,
sem o desagradável sentimento
de culpabilidade que nos carrega
depois de muitas situações
que vivemos.

Mas quem cresce sem ter
sido primeiro pequeno?

Quem se levanta sem
ter caído e quem
sobe sem estar embaixo?

Há coisas na vida que são
necessárias
e não podemos evitá-las.
O que podemos fazer é não deixar
que o desânimo tome conta de
nós a ponto de nos deixar fragilizados
e receptivos a outras coisas
que se seguem.

Quando esperamos por coisas boas,
estas nos acenam,
mas o contrário é bem
verdade também.

Provar da vida é conhecê-la
nos mínimos detalhes.
É aceitar o inevitável,
dizer sim ou não ao que
se apresenta,
levantar a cabeça e olhar
para a frente
como os grandes que,
mesmo perdendo tudo,
souberam guardar a fé.

Jesus foi Rei e Sua
coroa não foi de flores.
Não somos, absolutamente,
maiores que Ele.
E se não precisamos trilhar
o caminho da cruz,
devemos aceitar a idéia de que,
vez ou outra,
é importante carregá-la.

AUTORIA: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 26 de Setembro de 2.010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O tédio e a tempestade

Tem dias que são assim mesmo,
dias de desencontro perfeito;
o que eu sonho, se distancia,
e o que eu menos quero,
é o que mais se aproxima.

As tardes são
caminhos monótonos
para a noite,
que é uma estrada de
linhas retas,
sem fim.

O sonho não chega,
e quando vem,
é sem cor.

Dias onde as noites são
sempre assim,
cinzas,
como céu sem estrelas,
praia sem ondas,
rio sem marolas.

E quando começa
acreditar que nada vai mudar,
chega uma chuva
de emoções,
uma tempestade de novos
sentimentos,
uma ventania de razões
que destoa de tudo,
é o amor,
a paixão fulminante,
que tudo transforma,
torna tudo tão vibrante.

Assim, seu jardim,
outrora seco e sem vida,
se enche de flores,
nesse peito de amores,
onde o nada é tudo,
e o tudo,
apenas uma partícula.

Quando estamos amando,
as noites se enchem de perfume,
os dias são preenchidos
pela esperança,
a alma fica doce,
com jeito de criança.

Que o amor tome conta
da sua vida,
e antes que você reclame,
ou diga,
que já sofreu demais,
que não acredita no amor,
deixe de lado esse sentimento bobo,
esse rancor.

Prepare-se para viver
a plenitude.

O amor não pede para entrar,
ele invade,
não é mansidão,
nem quietude.

Prepare-se!

O amor está onde não
o procuramos,
está onde sempre esteve,
tão perto e tão longe,
ao alcance das mãos aflitas,
bocas sedentas,
de corpos ansiosos,
coração que esquece a razão,
é pura emoção.

Se as mãos tremerem,
o coração disparar,
se não conseguir desviar o olhar,
se não conseguir esquecer,
não adianta correr,
nem tentar se esconder,
o amor te pegou e agora é só viver.

Seja feliz!

Eu acredito em você

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 19 de Setembro de 2.010.

Cada tempo tem o seu tempo

Não tenho o poder de
tirar a sua dor,
e acredito que ninguém
o tem.

Nem mesmo Deus,
pode interferir no nosso arbítrio,
se é tempo de chorar,
chore,
se é tempo de geme,
gema,
se é tempo de recordar,
recorde,
se é tempo de saudade profunda,
sinta-a.

Mas,
não se demore além do
tempo necessário.
Tempo que o próprio tempo
vem dizer-lhe.
Este sim,
poderoso consolador,
vem abrandar,
jamais apagar,
a marca da dor,
usando a alquimia das horas,
a magia simples do amor.

Por isso,
não te peço que esqueça
o ente querido,
ou o amigo inesquecível
que morreu.

Não te peço que arrume
outro amor hoje,
para esquecer este que
tanto marcou e partiu.

Nem sou louco para te pedir
que perdoe imediatamente,
quem tanto mal te fez.

Nem eu, nem Deus,
que tudo espera.

Senhor do tempo,
Senhor do Amor,
envia refrigérios para a alma aflita,
na forma de uma música bonita,
uma mensagem bem escrita,
uma poesia,
ainda que sem rima,
que toca no coração,
pega a sua mão e diz:
-Vem, é tempo de renascer.

Se a lágrima que
ainda rola no seu rosto,
queima a face,
é tempo de refletir.

Talvez seja a hora
de recomeçar o caminho,
seguir pela estrada que
ainda reclama passos,
ir adiante,
além da dor e do grito,
rumo ao seu futuro,
rumo ao infinito.

Deus te ama profundamente.

Eu acredito em você

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 12 de Setembro de 2.010.

Entre nós

Amar é importante.
Sentir o amor,
sentir-se amado é importante.

O grande mal que atinge
o mundo é a ausência daquilo que
chamamos o maior
de todos os sentimentos e a maior
dentre todas as coisas.

Não falo aqui do amor carnal,
embora este entre em conta
na contabilidade da felicidade
de cada um de nós.
O que falo é
no amor que gera a atenção,
aquele devido e reclamado
por cada ser,
mas mais reclamado que tudo,
como se o dar não fizesse parte do
acordo implícito em cada
relação humana.

As pessoas
desinteressam-se das outras,
porque dizem-se ter o suficiente
com os próprios problemas.
E o têm, provavelmente.
Mas o que gera o isolamento,
a solidão temida,
é justamente querer receber
aquilo que nos recusamos a dar.

O que falta é a atenção necessária
ao outro para sentir-se,
pelo menos,
ouvido e parte integrante
na roda da vida.

Cada um fala por si e poucos
são os que se importam realmente
com que o outro diz,
com seus reais sentimentos,
suas reais razões.

Muitas e muitas
vezes quando um fala,
o outro já está
preparando-se para dizer,
sem ponderar,
aquilo que ele mesmo
pensa ou sente.

Pessoas tornam-se assim,
surdas às outras,
porque só conseguem
ouvir a voz do próprio egoísmo,
não por maldade,
mas pelo apelo das próprias
necessidades.

Pessoas juntas sentem-se sozinhas,
casais unidos pela vida
sentem-se abandonados,
amigos criam relações superficiais,
pais e filhos distanciam-se.

Olhar nos olhos do outro é importante.
Perceber a dor ou a felicidade
e compartilhar dela é fundamental ao
outro na sua necessidade de
se sentir amado.

Poucos, raros mesmo,
são os que param o que estão
fazendo quando o companheiro,
amigo ou colega de trabalho
precisam falar.
Parte do que se diz fica
desconectada no ar e
a outra parte,
invariáveis vezes,
esquecidas depois.
Numa fração de segundo a frase
"do que mesmo estávamos falando?"
pode entrar na conversa,
deixar um sem ação e o
outro sem graça.

A atenção dada ou recebida faz
parte do tratamento e da cura
dos males que tomam
conta do mundo,
ela reforça relações,
cria laços, solda,
une e faz bem.

Não ouvimos Deus porque
não queremos ouvir,
porque, quem sabe,
o que Ele quer nos dizer nos
desagrada e contraria,
mas Ele fala e só percebemos
isso depois com o infalível
"eu sabia"
que nos fere como um punhal.

Não somos ouvidos por Ele porque
não abrimos inteiramente nosso eu,
temos sempre pressa,
estamos sempre ocupados.

Entre Deus e nós e entre nós
e os outros somos os que
definimos o tipo de relação que temos.

Podemos colocar o primeiro
tijolo ou esperar que
alguém o faça.
Porém a ordem com que
este é colocado influencia
e determina cada um dos nossos
passos e abre ou fecha para nós
as portas do paraíso.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 05 de Setembro de 2.010.

Uma Nova Reengenharia

Imagine se hoje fosse o seu
primeiro dia de trabalho,
lembra da inquietação,
do suor nas mãos?

Sua dedicação de hoje é a mesma
dos primeiros dias?

Imagine se hoje fosse o dia
do seu encontro com aquela
pessoa que vai te dar
o seu primeiro beijo,
aquele beijo tão esperado.

Se você está com essa mesma pessoa,
o desejo é o mesmo?
Suas pernas ainda tremem,
sua boca se resseca,
e o coração ainda bate forte?

E na igreja,
o amor e a dedicação ainda
são os mesmos?
Sua freqüência é
igual a dos primeiros dias?

Aquele
"primeiro amor ainda existe"
ou você só estava buscando uma benção,
esquecendo-se do "Abençoador"?

Na escola,
posso perguntar se o seu
desempenho é igual ao dos primeiros
anos, os sonhos continuam fortes e
certos do desejo que te
alimentou até aqui?

Os velhos amigos,
aqueles inseparáveis,
continuam sendo grandes amigos?
Quando foi o último papo?
O tempo afetou a amizade de vocês?

E a família?

Quanto tempo você não abraça o pai,
a mãe, os irmãos,
a avó ou avô?
Visitar mesmo só nos feriados?

Pra que reinventar a roda se
tudo já está a mão,
para que ficar inventando sonhos
se não completamos nem os
que conquistamos?

Por que não assumirmos
nossas conquistas,
se somos responsáveis
pelo que cativamos,
será que não estamos em falta
com alguém?
Quem sabe com nós mesmos?

Faça desse dia,
por mais que ele seja
igual aos outros,
um dia diferente,
são os seus olhos,
a sua paixão que mudam
uma situação,
o feio torna-se belo,
o velho se renova,
e tudo que é cinza passa a ter cor,
depende de você,
depende do seu amor.

Quer coisa melhor que ver tudo novo,
todos os dias?

Pegue o telefone e comece
a namorar o velho amor,
faça um jantar especial
para a família,
surpreenda os professores e tire
nota máxima em tudo,
surpreenda a empresa e dedique-se
mais, tudo por puro prazer de
"redescobrir-se".

Experimenta! Experimenta!
Experimenta!

TEXTO: Procura-se autor
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 29 de Agosto de 2.010.