segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cada tempo tem o seu tempo

Não tenho o poder de
tirar a sua dor,
e acredito que ninguém
o tem.

Nem mesmo Deus,
pode interferir no nosso arbítrio,
se é tempo de chorar,
chore,
se é tempo de geme,
gema,
se é tempo de recordar,
recorde,
se é tempo de saudade profunda,
sinta-a.

Mas,
não se demore além do
tempo necessário.
Tempo que o próprio tempo
vem dizer-lhe.
Este sim,
poderoso consolador,
vem abrandar,
jamais apagar,
a marca da dor,
usando a alquimia das horas,
a magia simples do amor.

Por isso,
não te peço que esqueça
o ente querido,
ou o amigo inesquecível
que morreu.

Não te peço que arrume
outro amor hoje,
para esquecer este que
tanto marcou e partiu.

Nem sou louco para te pedir
que perdoe imediatamente,
quem tanto mal te fez.

Nem eu, nem Deus,
que tudo espera.

Senhor do tempo,
Senhor do Amor,
envia refrigérios para a alma aflita,
na forma de uma música bonita,
uma mensagem bem escrita,
uma poesia,
ainda que sem rima,
que toca no coração,
pega a sua mão e diz:
-Vem, é tempo de renascer.

Se a lágrima que
ainda rola no seu rosto,
queima a face,
é tempo de refletir.

Talvez seja a hora
de recomeçar o caminho,
seguir pela estrada que
ainda reclama passos,
ir adiante,
além da dor e do grito,
rumo ao seu futuro,
rumo ao infinito.

Deus te ama profundamente.

Eu acredito em você

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 12 de Setembro de 2.010.

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