sábado, 25 de julho de 2009

Medidas e desmedidas

Nem sempre sei onde encontrar
o equilíbrio para o bem-viver.

Aprendemos que devemos viver hoje
sem pensar no amanhã,
mas que tudo tem o seu tempo certo.

Alguns dizem que cada minuto é único,
insubstituível e irrecuperável
e outros que um minuto pode conter
toda uma eternidade.

Nos encontramos assim nesse vão
de não querer tomar decisões
precipitadas e não deixar o tempo
passar sem ter aproveitado tudo
e o máximo que podemos.

Não existem medidas na vida.
Tudo parece uma grande incógnita
e o sentimento de arrependimento
de ter feito e do não ter feito são
dolorosos da mesma forma.

Se voltássemos atrás para tomar outras decisões,
teríamos certamente outros tipos
de pensamentos e arrependimentos.
Não sabemos guiar a vida,
apenas acolhê-la.

A vida é imprevisível!

Imprevisíveis são as consequências
das decisões que tomamos
e das que prorrogamos.

Reconhecer os próprios erros,
assumi-los e aprender a gerenciá-los
é sinal de sabedoria e maturidade.

Magoar-se contínua e intencionalmente
porque pegou-se caminhos errados
é uma agressão desnecessária
contra o próprio eu.

O sofrimento não diminui a pena.
O importante é olhar para a frente,
assumir a vida como um todo,
viver as dores como um mal passageiro
e as alegrias como se pudessem
durar toda a eternidade.

Ninguém está isento das pedras,
dos caminhos tortuosos,
mas também não do nascer e do pôr-do sol,
dos campos floridos e dos momentos
de felicidade que fatalmente chegam.

A vida nos pertence num todo,
com as suas medidas e desmedidas!
E Deus não vê o que
fizemos ou deixamos de fazer,
Ele não nos condena continuamente.

Ele vê os propósitos do nosso coração,
a nossa vontade de ser e fazer melhor,
a nossa busca,
mesmo se por caminhos sinuosos,
da felicidade.

E Ele reconstrói nosso coração,
tal qual um oleiro amoroso do seu trabalho.
As pessoas que crêem nessas verdades
não deixarão de se ajoelhar e não
impedirão as lágrimas,
mas terão,
no fim da estrada,
a sensação de terem extraído todo o néctar
da vida e descansarão,
saciadas.

TEXTO: Letícia Thompson

* * * * *

Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 26 de Julho de 2.009.

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