sábado, 18 de abril de 2009

O tamanho da esperança

A esperança tem o tamanho da semente
que plantamos no nosso coração.

O que nos faz desistir com
freqüência de um caminho é a visão longíqua
demais do que deve ser percorrido.

Só de olhar, já desistimos.

Por essa razão não tomamos atitudes,
não recomeçamos um estudo,
não ousamos algo novo,
não nos construímos e nem damos
exemplos aos nossos.

Não descobrimos lugares novos,
não vamos visitar pessoas,
não fazemos planos
(ou fazemos e deixamos pela metade)
e não concretizamos muitas coisas que seriam
possíveis e proveitosas.

Nos cansamos antes do cansaço chegar.
É assim com muitas coisas do dia-a-dia:
a esperança abandona seu lugar tão facilmente
ao desânimo que no fim das contas não fazemos nada.

E um dia olhamos pra trás e nos dizemos
que se tivéssemos começado,
já teríamos terminado.

Talvez, quem sabe,
a terra do nosso coração esteja seca demais
para fazer brotar a semente da esperança.
Ou julgamos que essa semente é pequena demais
para produzir algo grande.

Que igenuidade da nossa parte!!!

O tamanho de uma
semente nada tem a ver com
o tamanho da planta!
Mas a fertilidade da terra,
sim.

Os corações devem ser terras menos áridas,
menos amargas,
mais dóceis e mais receptivas e tudo aquilo
que for plantado neles crescerá e prosperará.

O caminho a ser percorrido não deve
ser medido com os olhos
da desesperança.

Deus não vê o seu tamanho pela sua estatura,
mas pelo potencial que Ele só
conhece do seu íntimo.

Ele joga sementes de grandes esperanças
na terra do seu coração,
mas você deve arar a terra,
prepará-la e tomar a
sua parte de responsabilidade.

Os frutos, creia, serão seus!

O horizonte é maravilhoso demais e ele nos faz sonhar.
Mas olhe para seus pés e veja onde deve começar,
conte seus passos dando o melhor de
si mesmo e daqui a algum tempo você vai
poder olhar para trás e rir de satisfação.

Porque o tempo passa se você
fica parado ou se você caminha.
O que você realiza ou não depende de você
ter começado ou não.

Ouse acreditar! Ouse dar passos!
Ouse ousar!

Nós mesmos nascemos de pequenas sementes.
Nascemos da esperança de Deus,
que crê em nós e insiste.
Ele sabe que somos todos capazes
de chegar a algum lugar.

* * * * *

COMENTÁRIOS DA AUTORA

Eu sinto tanto amor quando trabalho na terra
que acho que as plantas se desenvolvem mais rápido
só pra ver minha felicidade.
É pretensão minha, mas eu vejo as flores,
muito antes delas brotarem, antes ainda dos galhos
ficarem verdes ou que elas ousem colocar um
brotinho para fora da terra.

Eu vigio o crescimento,
porque quando vejo o desenvolvimento,
sinto ainda mais energia e vontade de continuar
minha arte de jardinagem.

Aprendi com isso que a qualidade da terra
e o seu tratamento muito têm a ver com o resultado.
Ela deve ser remexida, revirada, irrigada, cuidada.
E isso exige de nós cuidado,
dedicação, atenção, paciência... muita paciência!
Uma planta que simplesmente jogamos
no chão poderá até brotar depois de muito esforço,
mas é raro:
sem cuidados ela seca e morre.

Penso que somos plantas onde Deus
vê muitas possibilidades.
Somos às vezes galhos secos e sem formas,
cansados, abatidos e feridos, mas Ele não desiste.
Ele nos dá, de todas as formas,
meios de nos fazer crescer e florescer,
nos dá até ajuda quando é disso que carecemos.
Não foi assim com Moisés que se julgava incapaz
de libertar todo um povo?
Não temos desculpas,
se sabemos que Deus olha por nós.

Deus nos dá a vida,
mas nós somos responsáveis por ela.
Deus nos dá um coração,
mas nós cuidamos dele.
A terra é nossa e existem sementes boas e más,
as que devem brotar e as que devem secar.
A escolha é nossa,
só nossa.

TEXTO E COMENTÁRIOS: Leticia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 19 de Abril de 2.009.

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