sexta-feira, 25 de julho de 2008

Tempo de ser feliz

Há coisas que nada como o tempo para resolver.
Não, ele não resolve, claro,
mas deixa essa impressão de que o tamanho
das coisas é bem menor visto de longe.
Enormes problemas hoje podem assim ser vistos
de maneira diferente amanhã ou depois.

Eles não são,
provavelmente, menores,
mas o primeiro susto já passou e podemos
ser mais objetivos.

Quando estamos por demais envolvidos por
nossas emoções,
nosso racional se perde.
Só mesmo as águas calmas depois
da tempestade podem
nos mostrar o quanto somos resistentes.

Mas...
como nem tudo na vida
é branco e nem tudo é preto,
o tempo,
de aliado pode passar a ser um inimigo.

E se a vida fosse menos
complexa teríamos mais habilidade para saber
onde encontrar a diferença,
a sutil diferença entre o que se deve deixar
passar e o que se deve apegar.

Se algumas situações se acalmam com o passar do tempo,
outras apenas se acomodam e nos dão a ilusão
de que o tempo apenas está curando.

Infelicidades e insatisfações do coração não se
resolvem e não se tornam menores com o tempo,
elas apenas se instalam e criam raízes.

Acreditamos assim com a força da nossa alma que
um dia ao acordar algo terá mudado,
que o amor perdido terá voltado,
que a vida terá o mesmo sabor que antes ou que terá,
melhor ainda,
o gostinho do melhor dos nossos sonhos.

Engano!...
Certas coisas precisam do toque
das nossas mãos,
precisam da nossa vontade e força,
da nossa disposição e da nossa fé.

O tempo de amanhã será o mesmo
se agimos ou não,
mas nós não seremos os mesmos.

Precisamos aprender a dizer "não"
ao que não nos convém,
ao que não nos satisfaz,
ao que nos mata silenciosamente.

Precisamos abrir-nos à vida e viver de maneira
que amanhã olhando para trás não tenhamos
tantos arrependimentos,
apenas esse sentimento de auto-satisfação,
esse sentir de que o tempo passou sim,
mas não passou sozinho,
pois tivemos a sabedoria de caminhar de
mãos dadas com ele,
tal qual à noiva cheia de sonhos,
prometida à felicidade.

TEXTO: Letícia Thompson

* * * * *

Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 27 de Julho de 2.008.

Nenhum comentário: