segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Felicidade Já!

Então tá!
Vamos vivendo como se
houvesse amanhã.
Deixando para trás preciosos
momentos de vida.

Fazemos de conta que
vamos viver eternamente,
e não pedimos o perdão que
deveria ser pedido;
não declaramos o amor que
deveríamos ter declarado;
não protegemos a natureza que
implora nossa atenção;
deixamos de lado os livros
que deveríamos ler;
e as músicas que gostamos estão lá,
no "stop" do nosso mp3,
esperando por um tempo qualquer.

As orações que deveríamos fazer,
se perderam na pressa do dia de hoje,
com tantos compromissos,
vivemos como se fossemos
viver eternamente,
e aquela "visita fraterna" ao asilo
ou ao hospital ficou para o mês seguinte,
depois de ser adiada por
vários meses.

E a boa e velha felicidade
está cada vez mais distante,
onde colocamos,
esperando a aquisição do carro,
do apartamento,
da casa de campo, do amor,
do filho que ainda vai nascer,
da faculdade que espera cursar,
do amigo que disse que iria chegar,
das previsões da astrologia
para o ano seguinte.

Vivemos como se a
eternidade fosse a nossa marca,
como se nossos dias
não fossem contados
e o amanhã fosse uma certeza,
deixamos tudo que é importante
para depois,
nos perdendo em fantasias,
em desejos que nem sempre
levam a elevação,
como se Deus fosse um
segundo plano,
que pudesse sempre esperar
que a dor nos visite e nos
leve até Ele.

"Deus deixa de ser um caminho,
para ser um meio..."

Felicidade já,
com o que temos a mão,
realizando o que é possível realizar,
preocupando-se com o que
realmente importa:
você!

Eu acredito em você

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 22 de Agosto de 2.010.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Portas Abertas

Todos os caminhos
levam a algum lugar.

Todos eles têm um começo e,
fatalmente, um fim.

Há aqueles que nos
parecem tão longos e tão difíceis
que ver o fim deles requer
a fé que abre os olhos ao
que está muito além de nós.

O que não existe são os
caminhos sem saída,
eles possuem simplesmente saídas
que tememos atravessar.

Quando achamos que um
problema não tem solução,
o que queremos dizer é que
ele não possui
uma solução aceitável,
compatível com nosso querer.

E é assim que nossos
caminhos permanecem cada
vez mais longos,
mais sofridos.

Quando as saídas são
abandonar um sonho,
deixar algo para trás,
reconhecer um erro ou
uma má decisão,
aceitar um outro modo de vida,
nos deparamos com as
barreiras que nos deixam
nesse meio caminho do não
saber o que fazer.

São esses os dias mais
longos das nossas vidas,
os anos que não passam ou
nos deixam a amarga sensação
de estar a perder as alegrias
cabíveis a cada um.

Não podemos nos agarrar
a certas coisas como
se nosso sopro dependesse delas.
Sonhos morrem e outros
nascem e dão continuidade à
vida e é assim desde o
princípio de tudo.

Para cada porta fechada
há uma outra que pode se abrir,
cada lágrima derramada um
sorriso que está por vir.

A fé abre novas perspectivas
aos que querem enxergar.

As portas abrem-se
uma a uma para os que
sabem deixar o passado pra
trás e acreditam num novo e
mais bonito amanhecer.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 16 de Agosto de 2.010.

SER PAI

Ser pai
é acima de tudo,
não esperar recompensas.
Mas ficar feliz caso e
quando cheguem.

É saber fazer o necessário
por cima e por dentro
da incompreensão.

É aprender a tolerância com
os demais e
exercitar a dura intolerância
(mas compreensão)
com os próprios erros.

Ser pai
é aprender errando,
a hora de falar e de calar.

É contentar-se em ser reserva,
coadjuvante,
deixado para depois.
Mas jamais falar no momento
preciso.

É ter a coragem de ir adiante,
tanto para a vida quanto
para a morte.

É viver as fraquezas que
depois corrigirá no filho,
fazendo-se forte em
nome dele e de tudo o que terá
de viver para compreender
e enfrentar.

Ser pai
é aprender a ser contestado
mesmo quando no auge
da lucidez.

É esperar.
É saber que experiência
só adianta para quem a tem,
e só se tem vivendo.

Portanto,
é agüentar a dor de ver
os filhos passarem
pelos sofrimentos necessários,
buscando protegê-los sem
que percebam,
para que consigam descobrir
os próprios caminhos.

Ser pai
é saber e calar.
Fazer e guardar.
Dizer e não insistir.
Falar e dizer.

Dosar e controlar-se.
Dirigir sem demonstrar.
É ver dor, sofrimento,
vício, queda e tocaia,
jamais transferindo aos
filhos o que,
a alma, lhe corrói.

Ser pai é ser bom
sem ser fraco.

É jamais transferir aos filhos
a quota de sua imperfeição,
o seu lado fraco,
desvalido e órfão.

Ser pai é aprender
a ser ultrapassado,
mesmo lutando para
se renovar.

É compreender sem demonstrar,
e esperar o tempo de colher,
ainda que não seja em vida.

Ser pai é aprender a
sufocar a necessidade de
afago e compreensão.

Mas ir às lágrimas
quando chegam.

Ser pai
é saber ir-se apagando
à medida em que mais nítido
se faz na personalidade do filho,
sempre como influência,
jamais como imposição.

É saber ser herói na infância,
exemplo na juventude
e amizade na idade adulta do filho.

É saber brincar e zangar-se.
É formar sem modelar,
ajudar sem cobrar,
ensinar sem o demonstrar,
sofrer sem contagiar,
amar sem receber.

Ser pai
é saber receber raiva,
incompreensão,
antagonismo,
atraso mental,
inveja,
projeção de sentimentos negativos,
ódios passageiros,
revolta,
desilusão e a tudo responder
com capacidade de prosseguir
sem ofender;
de insistir sem mediação,
certeza, porto, balanço,
arrimo, ponte,
mão que abre a gaiola,
amor que não prende,
fundamento, enigma,
pacificação.

Ser pai
é atingir o máximo
de angústia no máximo
de silêncio.

O máximo de convivência
no máximo de solidão.

É, enfim,
colher a vitória exatamente
quando percebe que o filho
a quem ajudou a crescer já,
dele,
não necessita para viver.

É quem se anula na obra
que realizou e sorri,
sereno,
por tudo haver feito
para deixar de ser
importante.

TEXTO: Artur da Távola
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 08 de Agosto de 2.010.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O tamanho do mundo

O mundo é pequeno se somos grandes;
o mundo é enorme se nos
sentimos pequenos.

A diferença do tamanho
do mundo de uma pessoa para
a outra depende do
tamanho que cada um dá ao
que está à sua volta,
à importância que têm os problemas,
à sua atitude de olhar pra frente,
para trás,
para cima ou para baixo.

Crianças têm sempre
a impressão que tudo
é gigante.
Elas dão suas pequeninas
mãos aos adultos,
precisam dar três ou quatro
passos a mais para
acompanhá-los e essa
"distância"
entre os dois mundos,
infantil e adulto,
faz com que ela ou acredite cegamente,
ou tema.

Somos,
quão e quantas vezes,
quais crianças pequeninas face
aos nossos problemas.
Os vemos como adultos sérios
e devoradores e nos tornamos ainda
menores no espaço que
ocupamos.

Essa atitude nos reduz,
impossibilita aquele crescimento
que nos tornará homens e mulheres
grandes o bastante para enxergar
o mundo olhando nos olhos dele,
vendo os problemas não como
montanhas difíceis de subir ou atravessar,
mas como desafios os quais
podemos vencer.

O mundo é o mesmo para todos,
com seus espaços,
constelações, travessias,
mares,
tragédias e campos floridos.

Somos nós,
individualmente,
gigantes ou pequenos,
crianças indecisas ou
adultos destemidos.

Somos a força pela qual
outros podem se guiar ou aqueles
que estão sempre estendendo
a mão ou dando três ou quatro
passos a mais para acompanhar
o ritmo das intermináveis caminhadas
daqueles que seguimos.

Somos a gota pequenina
que se repousa na folha ou
o vento impetuoso que a
carrega onde quer.

Somos nossas atitudes somadas,
no bom ou no ruim,
que conhecem Aquele que
nos colocou no mundo ou
persistem em querer se descobrir.

Somos,
aos olhos de Deus e com
o mesmo amor,
aqueles que se levantam e
andam ou os que fazem no
dia-a-dia os milagres que dão
sentido à existência.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 01 de Agosto de 2.010.