sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sementes de virtudes ...

Não podemos controlar
todas as situações que vivemos,
algumas não dependem
da nossa vontade.
E não podemos mudar tudo também,
mesmo se somos fortes,
decididos e positivos.
Mas podemos colocar um
pouco de sal e de luz.

Podemos aprender a gerenciar
essas situações de
maneira que não nos afetem
completamente ou profundamente,
que não nos destruam
ou acabem com nossos
relacionamentos de amor
e de amizade.

Quando perdemos o controle de nós,
perdemos o controle de tudo.

É como um motorista que,
ao sentir o perigo,
larga o volante:
o acidente é inevitável!

Por mais desesperadoras que
pareçam as situações,
temos que segurar o volante.

Guardar a calma nos momentos
mais críticos é uma atitude preciosa,
não só para nós,
mas para os outros também.

Ah, sim,
podemos explodir e às vezes
até precisamos!
Todavia há maneiras de exteriorizar
o que nos atormenta sem que
os pedaços da nossa ira afetem
tudo ao nosso redor.

Podemos chorar até
que nossa alma se sinta lavada,
podemos falar com alguém
em quem tenhamos confiança,
podemos pintar, desenhar,
construir,
correr ou apenas nos
entregar à dor até que o peito
se esvazie dela.

Há pessoas, como eu,
que escrevem longas cartas
que nunca enviam,
mas que aliviam.

Somos humanos,
eu sei e não podemos ficar
indiferentes à tudo o que acontece,
não podemos nos esconder
atrás de escudos que nunca
defenderão nossa sensibilidade,
pois no inevitável encontro
com nosso eu,
precisamos ainda encontrar
forças e coragem para
nos olhar nos olhos.

Temos todos em nós sementes
de virtudes plantadas.
Devemos dar a elas condições
para que floreçam,
para que dêem frutos,
para que as pessoas possam,
uma vez que nos encontram,
carregar-nos nos corações para
o restante das suas vidas.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 29 de Novembro de 2.009.

sábado, 21 de novembro de 2009

Ainda se eu falasse a linguagem dos anjos ...

Uma das coisas mais difíceis
no mundo é ter um coração puro.
Podemos ter corações amáveis,
gentis e abertos aos outros,
mas puros e cheios de amor
desinteressado...
quanto trabalho ainda deve ser feito,
quanta renúncia,
quanta aceitação e quanta doação!

Não podemos negociar com Deus,
fazer isso em troca daquilo,
agir de uma certa forma para
obter algum tipo de recompensa.

O amor é gratuito
e nossa dedicação a Deus
ou aos outros não deve depender
do que obtemos de volta.

Aquilo que sai da nossa alma
e do nosso coração devem ser ofertas,
livres de quaisquer condições.

Deus nos dá em retorno?

Certamente,
porém não como paga,
mas como resultado da confiança
que depositamos nEle.

Não somos bons quando
damos de nós aos outros,
nem quando fazemos caridade,
nem mesmo quando abandonamos
nossa vida por alguém que
carece da nossa ajuda.

Somos bons quando as coisas,
gestos e palavras saem
do nosso coração como uma flecha
e não ficamos observando
se ela vai voltar.

Somos bons quando não
contamos que nosso irmão tem
mais que nós e nos
sentimos ofendidos,
quando o bem e a felicidade
do outro passam a ser nosso bem
e felicidade também.

Erram as pessoas que acham-se
boas quando doam de si.
isso é orgulho.

Geralmente elas dão do que
lhes sobra e seus objetivos
são tornarem-se pessoas melhores.
Fazem por si no fim das contas,
não pelos outros.

O caminho para o Alto
é muito longo e a porta de
entrada é estreita.

Os que acham que já estão
na metade do caminho,
certamente nem começaram
ainda a subir.

É Deus quem nos eleva
e precisamos dizer muitos
"não" e muitos "sim"
até que alcancemos um
pedacinho do céu.

Amar demais aqui e odiar ali,
anula o amor;
escolher os que perdoamos
é o mesmo que não perdoar ninguém,
pois nosso coração continua
com manchas.

O amor tem olhos fechados
e é o maior de todos os dons,
distribuído a todos na face da terra.
Mas segundo a Bíblia,
há os que plantam,
os que colhem,
os que multiplicam e os
que escondem.

Podemos fazer todos
os bens do mundo,
regar os jardins dos que
precisam e oferecer-lhes
nosso melhor sorriso,
mas ainda assim não teremos
começado nosso caminho
se negamos a palavra a um irmão,
se os ressentimentos corroem
nosso coração,
se contamos cada ato
que realizamos.

Deus não precisa dos nossos
gestos vazios,
Ele apenas pede um
coração sincero.
Aquele que sabe e reconhece
não ser perfeito,
mas abre-se a cada dia ao próximo,
ao distante e tem por
meta fazer o bem.

Deus ama a todos indistintamente,
mas os que aprenderam
o que é compartilhar,
compreenderam melhor os
preceitos do Seu coração.
E esses provam plenamente
da Sua Graça.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 22 de Novembro de 2.009.

domingo, 8 de novembro de 2009

Por que as folhas caem ...

A cada outono,
certas plantas e árvores
preparam-se para um repouso
necessário e vital à sua vida
e continuação.

Algumas espécies de árvores
matizam-se de várias cores,
num maravilhoso contraste entre
a melancolia e a beleza extrema.

Depois, uma a uma,
as folhas caem, como lágrimas,
até que as árvores, nuas e tristes,
abram os braços ao inverno e esperem,
pacientemente, a primavera,
que restaurará cada folha caída.

Por que para nós seria diferente?

Por que não
perder antes de reencontrar,
por que não as lágrimas,
por que não dias áridos,
frios e secos?

E por que não a esperança de que
a primavera volte?

Porque, creiam, ela volta sempre!

Talvez nos julguemos bons
demais para receber o sofrimento,
como se ele fosse sempre
símbolo de castigo e não algo
necessário ao nosso crescimento.

As folhas caem e as árvores
parecem assim tão desprotegidas,
tão solitárias!...
e eu me pergunto o que faz
com que sobrevivam.

Elas entendem que esse período
é necessário à sua renovação.
Elas aceitam,
doam-se e
esperam e recebem de volta,
no tempo oportuno.

Assim somos nós com todas
as perdas que sofremos,
com as lágrimas que escorrem
e salgam nossa boca,
com o tempo
que parece interminável
ou as noites longas demais.

Tanto que não entendemos
e não aceitamos o sofrimento,
ele se prolongará.
Tanto que não vemos isso
como uma fase,
apenas uma fase,
a ferida estará
aberta e sangrará.

Não aceitar o outono
e negar o inverno não faz
com que não existam.
Apenas nos deixam fora de
uma realidade que chega
pra todo mundo.

Não somos maus demais para
recebê-los como um castigo
e nem bons demais para que
possamos não acolhê-los.

As árvores perdem as folhas
e perdemos os nossos.
Elas choram
e choramos também.
Elas esperam e nada há que
nos impeça de esperar.

E elas recebem,
a seu tempo determinado,
novos galhos e novas folhas,
novas flores e novos frutos.
Sentem-se assim completas.

Somos assim o que somos
e o mesmo Deus que
sustenta as árvores,
nos sustenta a nós!

E Ele nos poda,
nos molda,
nos deixa nús
e aparentemente sem defesa,
mas está sempre presente
e estará ainda quando
a primavera voltar,
quando seremos,
depois do inverno frio,
renovados e prontos para
recomeçar.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 08 de Novembro de 2.009.